domingo, 26 de junho de 2011

O Brasil tem atualmente 155,4 mil pessoas milionárias! $$$$

O Brasil ganhou 8.700 milionários em 2010 - 24 por dia - e fechou o ano com 155,4 mil pessoas com mais de US$ 1 milhão disponível para investir, informou um levantamento publicada nesta quarta-feira feito pela Merrill Lynch com a Capgemini. O crescimento em relação ao número de milionários brasileiros em 2009 foi de 5,9%, e o país se manteve como a 11ª nação do mundo com mais milionários.
Em 2009, o Brasil tinha, segundo o estudo, 146.700 milionários. O forte crescimento econômico do país no ano passado, de 7,5%, foi um dos motivadores desta alta de milionários.
Segundo o estudo, a população mundial de indivíduos de alta renda se expandiu, em 2010, 8,3%, para 10,9 milhões de pessoas. O relatório aponta que a retomada da economia mundial contribuiu para a alta no ano passado, que voltou a avançar em níveis considerados mais sustentáveis. Os bens de milionários em todo o mundo cresceram 9,7%, atingindo um valor recorde de US$ 42,7 trilhões.
Estados Unidos, Japão e Alemanha ocuparam as primeiras posições no ranking, concentrando 53% dos milionários do mundo, ante 53,9% um ano antes. China, Grã-Bretanha, França e Canadá vieram a seguir. Apesar desta perda de espaço causado pelo forte crescimento das nações emergentes, o número de milionários nos Estados Unidos cresceu 8,3% e, assim, passou a contar com mais de três milhões de milionários -- o número exato é 3,104 milhões -- ou o equivalente à população de todo o estado de Alagoas.
A mudança mais importante no ranking foi a Índia, que pela primeira vez apareceu entre os doze primeiros, com 153 mil milionários, logo atrás do Brasil. A Itália, o único país que perdeu espaço entre os primeiros, caiu da nona para a décima posição.
Segundo o documento, a população de alta renda deve aumentar os investimentos em 2012, especialmente se a economia global mostrar sinais claros de uma recuperação sustentada, enquanto reduzem o portfólio em dinheiro e imóveis.
Entre as tendências reveladas no estudo, estão a de aumento de participação de jovens e de mulheres entre os milionários. De 2008 para 2010, a fatia de pessoas com 45 anos ou menos neste universo subiu de 13% para 17% do total, enquanto a de mulheres evoluiu de 24% para 27%.
Ásia tem mais milionários que Europa
O relatório conclui que o total de milionários na Ásia ultrapassou pela primeira vez o da Europa e deve superar o dos Estados Unidos nos próximos anos. Puxado pela China e pela Índia, o número de milionários residindo na região da Ásia e do Pacífico cresceu 10% em um ano e atingiu 3,3 milhões de pessoas, apenas cem mil atrás dos 3,4 milhões de americanos considerados milionários. O total na Europa é de 3,1 milhões de pessoas.
A riqueza total asiática cresceu 12%, atingindo US$ 10,8 trilhões, ultrapassando também a Europa e ameaçando a liderança de Estados Unidos e Canadá, cuja riqueza cresceu 9%, chegando a US$ 11,6 trilhões. Estados Unidos, Japão e Alemanha ainda concentram mais da metade dos milionários do mundo, mas o relatório mostra que a riqueza está se espalhando por mais países.
Riqueza na América Latina subiu 18% entre 2007 e 2010
Os milionários da América Latina tiveram melhor desempenho durante a recessão global que os muitos ricos de outras regiões. A combinação de políticas de investimento conservadoras com a forte recuperação na região ajudou aos milionários latino-americanos a minimizar as perdas nos últimos quatro anos, segundo o mais recente levantamento anual sobre a riqueza global realizado pela Merrill Lynch-Capgemini.
A riqueza combinada na região cresceu 18,1% entre 2007 e 2010, superando o ritmo de crescimento dos abastados da Ásia, que ficaram em segundo lugar entre os milionários que mais observaram crescimento em seu patrimônio, com elevação de 14,1%. Por outro lado, os ricos dos EUA viram o valor de seus ativos cair 0,8% to durante este período, enquanto os milionários europeus sofreram perda de 4,4% em seu patrimônio.
A América Latina tem demonstrado "capacidade de crescer de forma sustentada", afirmou David Wilson, da Capgemini Financial Services, um dos autores do levantamento. A região, sem dúvida, tem grandes áreas de pobreza e menos milionários que outras regiões. Menos de meio milhão de pessoas na América Latina tem patrimônio de US$ 1 milhão ou mais, estima o estudo.
A América do Norte é a região onde se encontram mais pessoas abastadas, com 3,4 milhões de milionários. Grandes bancos dos EUA e de outras regiões não têm ignorado a riqueza da América Latina. O estudo revelou que os assessores de investimento aumentaram na região à medida que as economias locais voltaram a crescer rapidamente após a crise global.
Brasil e México são os países onde estão as maiores concentrações de dinheiro. Mais de 40% dos milionários da AL vivem no Brasil, segundo a empresa britânica Standard Chartered.
Milionários compram mais obras de arte e artigos de luxo
Demandas por obras de artes, relógios, vinhos raros, carros caros, e outros investimentos não usuais cresceram de forma significativa em 2010, como mostram os níveis de riqueza da economia que crescem com o renascimento após crise financeira, segundo o Relatório da Riqueza Mundial de 2011.
As novas demandas surgiram principalmente nos mercados de países emergentes, principalmente na Ásia, que superou a Europa em número de milionários e riqueza ano passado. Os novos mercados ajudaram a impulsionar um renascimento nas áreas desses investimentos vazios, disseram os autores da pequisa.
Em tempo de pouco interesse em mercado voláteis, investimentos alternativos permitem que investidores diversifiquem comprando papéis com pouca relação com os mercados financeiros, ganhando assim, abrigo da turbulência nos mercados potenciais.
Coleções de luxo, como de barcos, carros e aviões foram quase um terço desses investimentos em 2010. As demandas chinesas por carros como Mercedes-Benz e Ferraris deram um salto ano passado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/06/22/brasil-termina-2010-com-155-400-milionarios-ou-8-700-mais-que-no-ano-anterior-924752701.asp#ixzz1QRUEtqBE
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Conselho Nacional de Educação estuda revisão de regras para revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil

A presidenta Dilma Rousseff prometeu para o segundo semestre o lançamento do programa que pretende levar 75 mil estudantes brasileiros ao exterior com bolsas de mestrado, doutorado e graduação. Diante desse cenário de expansão da internacionalização do ensino superior, o Conselho Nacional de Educação (CNE) começa a discutir a revisão das regras para revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil. Hoje, o processo é burocrático e longo e, muitas vezes, quem retorna ao país depois de uma temporada de estudos no exterior não consegue ter o documento reconhecido, o que dificulta a atuação profissional em algumas áreas.
" Hoje esse serviço é quase personalizado porque cada instituição tem sua regra e cada departamento dentro dela tem as suas (Edward Brasil) "

Atualmente o processo ocorre de forma descentralizada: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determina que cabe às universidades públicas a tarefa de validar os diplomas obtidos em instituição estrangeira, seja de graduação, mestrado ou doutorado. Cada uma delas estabelece critérios próprios que podem incluir análise do currículo, prova ou mesmo a exigência de que o aluno curse disciplinas extras no Brasil. Em alguns casos, o estudante dá entrada no processo em mais de uma instituição para aumentar a chance de obter o diploma.
De acordo com o professor Paulo Barone, membro da Câmara de Educação Superior do CNE, as discussões ainda estão no começo, mas há o entendimento de que a revisão dessas regras é necessária.
- Por um lado há uma necessidade de pautar o processo por critérios de qualidade, por outro, uma dispersão de atividades, com critérios e concepções completamente diferentes dentro das instituições, o que torna o processo de revalidação excessivamente ineficaz - avalia.
Entre as possibilidades que estão em discussão está a de um reconhecimento mais facilitado no caso de estudantes que vão ao exterior com bolsas cedidas por órgãos do governo como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), já que, nesses casos, a qualidade do curso e das instituições estrangeiras já foi certificada para a concessão da bolsa. Há ainda a possibilidade de criar critérios comuns ou diretrizes gerais para que não haja tanta discrepância nos processos. Barone aponta que será necessário convocar todos os organismos e as instituições envolvidas no processo para articular a mudança.
- Hoje esse serviço é quase personalizado porque cada instituição tem sua regra e cada departamento dentro dela tem as suas. Se houvesse uma orientação geral, preservando a lógica da autonomia universitária, o processo poderia ser melhorado - avalia Edward Brasil, reitor da Universidade Federal do Goiás (UFG) que acaba de cumprir seu mandato como presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Além de demorado, os trâmites podem pesar no bolso do estudante. Em geral, as universidades cobram uma taxa administrativa para custear o processo. Não existe um valor pré-estabelecido: na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, é cobrado R$ 1.530, já na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a taxa é R$ 315 no caso da pós-graduação.
" Se houvesse uma orientação geral, preservando a lógica da autonomia universitária, o processo poderia ser melhorado (Edwar Brasil) "

Saulo Chaves, 30 anos, cursou medicina no Instituto Superior de Ciências Médicas de Havana, em Cuba, e, ao retornar ao Brasil, em 2006, se surpreendeu com o processo que teria de enfrentar para poder revalidar o diploma e exercer a profissão no Brasil. Ele calcula que gastou cerca de R$ 4 mil com o pagamento de taxas e viagens para concluir o processo.
Todos os trâmites duraram quase dois anos até que ele foi aprovado em uma prova aplicada pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) para conceder a revalidação.
- É muito desagradável. Na época, era permitido fazer a residência médica antes da revalidação e nesse período eu não podia assinar nenhum documento porque não era reconhecido como médico. É muito frustrante, do ponto de vista profissional, não poder exercer [a medicina] vendo a carência do povo por atendimento - conta.
Hoje, Chaves trabalha no interior da Bahia. Ele foi morador de um acampamento de assentados da reforma agrária e viajou para Cuba com apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O curso de medicina cubano tem o foco no atendimento preventivo comunitário, com princípios semelhantes ao Programa Saúde da Família, do governo brasileiro. Ele ressalta que faltam médicos com esse perfil para trabalhar nas zonas rurais do país e lamenta que o reconhecimento do diploma de brasileiros que estudam em Cuba seja tão difícil.
- Quando você coloca tudo em um caldeirão, a questão da qualidade do ensino é um problema e você precisa distinguir a formação recebida. Mas, no caso de Cuba, o sistema [educacional] é muito próximo - defende.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/06/24/conselho-nacional-de-educacao-estuda-revisao-de-regras-para-revalidacao-de-diplomas-estrangeiros-no-brasil-924761005.asp#ixzz1QRSdB8PN
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Novas regras para cartão de crédito


Hoje, dia 01 de junho de 2011, entra em vigor as novas regras a cerca das tarifas e anuidades de cartão de crédito.
Entre as vantagens, está à possibilidade de o consumidor comparar os preços das referidas empresas do citado sistema financeiro e assim escolher o produto que seja mais adequado.

Uma das inovações é que os bancos e as empresas de cartão de crédito terão que oferecer apenas duas opções de cartões, o básico e o diferenciado, associado a programas de benefícios e recompensas. No caso do cartão básico, a anuidade deve ser a menor entre todos os cartões ofertados. O cliente deve observar se vale a pena pagar o preço da anuidade do cartão diferenciado, levando-se em consideração os serviços oferecidos.
O mais relevante foi a redução de 80 tarifas para cinco: anuidade; emissão de 2ª via do cartão; retirada em espécie na função saque; no uso do cartão para pagamento de contas; e pedido de avaliação emergencial do limite de crédito. Essa limitação no número de tarifas passa a valer para os cartões emitidos a partir de 1º de junho de 2011. Para quem já tem cartão de crédito ou adquirir até 31 de maio deste ano, as cinco tarifas valem a partir de 1º de junho de 2012.
O valor mínimo da fatura de cartão de crédito a ser pago todos os meses vai subir dos atuais 10% para 15%, a partir do próximo dia 1º de junho deste ano. Esse valor sobe ainda para 20% a partir de dezembro de 2011.
O consumidor lesado tem várias instâncias para reclamar. A primeira é no próprio banco onde opera, na ouvidoria, sem prejuízo de vir ao Banco Central, Ministério Público ou Ministério da Justiça, Procons, para fazer sua reclamação, ou Advogado.